quinta-feira, 21 de outubro de 2010

"Maria Maré"

Já quase pegava no sono quando ele apareceu.
Surgiu com um sorriso que jamais havia visto.

Entregou-me uma flor diferente, nova, colorida

Abocanhou um pedacinho da minha alegria
E saiu pela janela
Acarinhando a noite, sua súplica

Como o Mel derramado pelo homem
adocicando o corpo indefeso e amante
da mulher que foge sempre
de seus próprios sonhos

Não posso parar de sorrir
Pois sei que hoje
em qualquer lugar mudo
Malone está feliz

"(...)Vai, alegria
Que a vida, Maria
Não passa de um dia
Não vou te prender
Corre, Maria
Que a vida não espera
É uma primavera
Não podes perder (...)"


Ao quarteto: Tom, Vinícius, Chico e Milton

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Noite - Viétcher
(publicado em 1912)

Ele gostava de três coisas neste mundo:
o coro das vésperas, pavões brancos
e mapas da América já bem gastos.
Não gostava de crianças chorando,
nem de chá com geléia de framboesa
e nem de mulheres histéricas
...e eu era a mulher dele.


Anna Akhmátova, sempre, sempre obrigada!