terça-feira, 24 de julho de 2012

Temos muitos vazios.
O da alma.
O do cérebro.
O do mundo.
Mas só nos damos conta
de que todos esses podem ser
enfrentados de uma maneira ou de outra,
que tudo passa,
se esvazia e se preenche de novo
quando o outro vazio se faz presente:

O do estômago.


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Tomei uma decisao.
Vou me abandonar de vez na solidao.
Melhor do que um coracao cheio de amor
e milhoes de estrelas no chao.
Chega da vida na contra-mao.
O Amor nunca é como a gente quer.

sábado, 7 de julho de 2012

Tirando o Mofo


Eu tento escrever. É difícil. Tantas coisas acontecem. Tanto amor próprio perdido no tempo e na ilusão de uma vida compartilhada, unida. Tanta solidão mal gasta. Tristezas estrangeiras e sonhos da mesma terra em que nasci. Vem e vão sempre viajando no tempo irremediável e cruelmente rápido.

A tardezinha cai e a temperatura também. Nenhuma dor se compara ao que sinto dentro, ao que penso e não paro de pensar. Sobre a dúvida de estar fazendo a coisa mais sensata para um futuro que eu nem sei se acontecerá. Uma vida que nem sei se vai acontecer e a ansiedade minando cada estrela de um momento, de um agora vivo e presente dentro de mim.

Preciso de uma limpeza interna. Um produto que chegue ao mais profundo vinco de meus azulejos, uma esponja para lavar a louça suja escondida dentro do armário, e mofando.

Preciso muito de um tempo para escrever. Escrever me consome e me completa como nada nem ninguém. Alguém que um dia pensei ser tanto me mostrou que para o amor acontecer entre nós precisava haver distância. Ele disse: ame-me menos.

Só que o que não se entende na vida é que existem tantos tipos de amor. O único que eu não posso viver sem é o meu amor pela escrita.

Centrifugar meus pensamentos como a roupa manchada e impregnada de suor para escoar tudo o que não pertence a mim.

Acho que só escrevo quando não amo. Amar sozinho é ruim. Escrever sozinha me faz bem. Acho que escrevo somente quando não amo.

Amar não é preciso afinal. Escrever é preciso.

Pronto troco fácil o Amor pela Escrita.

Não vou mais discutir, vou alvejar tudo. Talvez o Amor fique mais limpinho.

O Cravo brigou com a Rosa


Faz tempo que já faz tempo que certas coisas sempre aconteceram. Ao conhecê-lo seu mundo se abriu, passeavam pela prosa e poesia e ele até parecia aceitar que a vida é realmente mais bela quando queremos.
Ela nunca quis algo romântico ou grandioso, afinal abençoava seu sorriso quando dado as simples coisas do destino. Subiram algumas montanhas com dificuldades, sobreviveram a tornados e tempestades.
Ele era triste, muito. Ela nunca se acostumou a ficar despetalada. Só que dessa vez algo quebrou e não falo de vasos, afinal ela nunca se acostumou a ficar num único lugar. Tinha várias casas e cabanas onde podia simplesmente florescer. Era livre, sempre fora.
Estamos sempre saindo do lugar e essa pequena que desabrocha está pedindo um pouco se sombra e de sol.
Que não sejam tão longos os minutos e horas que esperaremos um pouco mais para sentir uma plenitude ainda que seja breve.
Talvez eu não escreva mais como antes. Tudo está mudando, tudo.
Ah! Que belos sempre são os primeiros dias de um novo amor.
 Resta saber quando realmente eles começam e terminam.