segunda-feira, 25 de abril de 2011

E de repente nos damos conta de que o tempo passou quando certas árvores da infância são cortadas, quando casas antigas são completamente abandonadas e seus velhos habitantes vivem apenas com seus simples objetos uma vida calma e você esbarra nisso tudo com seus problemas como num grande paradoxo. E sente-se mais aliviado.

Então eu caminhei por aquele quintal e nos galhos pesados da velha jabuticabeira me sentei e era como se chorasse e sorrisse.

Dessa forma eu agradeci novamente ao tempo, ainda não seco, pela sobrevivência batalhada diariamente, a solidão superada a cada suspiro e pelo sol daquela tarde inesquecível de mais um Abril...

...Sépia, como a cor dos olhos de uma velha senhora.

A alguém que já andou muito.

17-04-2011