domingo, 25 de novembro de 2012
terça-feira, 18 de setembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
terça-feira, 24 de julho de 2012
segunda-feira, 9 de julho de 2012
sábado, 7 de julho de 2012
Tirando o Mofo
O Cravo brigou com a Rosa
Faz tempo que já faz tempo que certas coisas sempre aconteceram. Ao conhecê-lo seu mundo se abriu, passeavam pela prosa e poesia e ele até parecia aceitar que a vida é realmente mais bela quando queremos.
sábado, 30 de junho de 2012
hoje encontrei um homem gentil que cumprimentou seus iguais que o olhavam como diferente
hoje eu vi uma mulher escondida sobre um véu, seus olhos pintados como os meus, ela recusou dar a mão ao homem : Deus não deixa.
têm-se cada vez menos tempo para observar pequeninos acontecimentos.
no meu tempo não é assim.
hoje a brisa invade o espaço meio cheio.
bom.
hoje as horas são bonitas, principalmente agora e antes também:
- Por quê você sempre diz que gosta tanto dessa parte do dia?
- Porque a essa hora eu costumo amar a vida.
Um dia de inverno seguida duma noite de verão. Viver! Obrigada Machado.
terça-feira, 22 de maio de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
Com todo o direito a palavra dramática, pela qual sou tomada, percebo que a solidão apenas enfatiza o quanto amo e faço questão de amar e unir-me ao ser amado. Somente sendo sozinho é que se percebe a importância de cada ser em sua vida. E tal qual é a minha surpresa de saber o quanto também sou importante para mim.
Hoje amo alguém tanto quanto a mim e através dos olhos de outrem, incluindo o próprio ser amado, isso significa diminuir-se, significa esquecer-se de si. Com todo o respeito a opinião alheia, somente sei eu o que sinto. Sinto que amar alguém tanto quanto a si mesmo seja uma maneira de compartilhar essa vida que nos é dada de presente pelo ser Divino, afinal, somos todos peças de seu imenso e perfeito quebra-cabeças. As palavras que já foram escritas em Seu nome dizem para amarmos ao próximo como a nós mesmos. Infinito é o poder disso. Infinito é o meu amor.
A presença, a companhia, a partilha são alimento nessa vida tão dividida que vivemos. Dentro de nossas necessidades é necessário o tempo para o milagre do entendimento, da compreensão e principalmente da aceitação mútua.
Gostaria hoje de ser alguém que o mundo não pudesse arrancar pedaço, de estar sempre pronta, de ser coesa e equilibrada em minhas palavras e atitudes. Renascer todos os dias e não recordar as palavras ouvidas, a faca penetrada, a dor pronunciada num momento de nervoso. Mas não posso. Queria amar e não pedir nada em troca.
O que peço em troca é que esteja e seja aqui. Olhe nos olhos, pegue minha mão e acredite que existem outras maneiras de ver a vida. Que o peso pode ser dividido num abraço, num beijo, numa noite obscena de amor, num olhar, num silêncio. Em sonhos.
Não sei mais o que fazer. Talvez não deva me impor a nada. Tenha que esquecer que um dia olhei-o e tive certeza de que era o que buscava e que, desde então cada momento que não partilho com ele é um momento perdido. Pois olhando-o eu vejo a mim, tudo aquilo que já fui, que sou e também o que poderemos ser juntos.
Declaro meu amor diariamente de minha maneira louca, séria. Seja na palavra, seja no gesto e seja até em meu descontrolado desespero em pedir-lhe perdão se o feri com meu comportamento.
Vivo na intenção e ensinar-lhe um pouco da minha humilde óptica da vida, daquilo que também aprendi e sempre estou ávida por saber-lhe a sua.
Amo alguém como se fosse uma família.
Mas, creio que essa maneira já tornou-se obsoleta. Não posso obrigar-lhe a ser feliz comigo, também não posso pedir-lhe que se acalme ao meu lado. Não posso nada. Devo aceitar e tornar meu amor um grande silêncio...
Que a vida seja-te doce um dia. Que eu possa aceitar que não sou o que buscas e perdir-te perdão por ser inteiramente verdadeira e intensa naquilo que faço. Por não poder mais estar sem seu amor. Por saber que se algum dia ler essas palavras elas não lhe signifiquem nada.
domingo, 15 de abril de 2012
Acerca do Vazio (II)
Talvez fosse num lugar calmo assim que viria a encontrar Malone depois de tantos anos. Um ambiente a céu aberto, com luzes saindo do solo, o som de gangorras e gira-giras ao longe onde estaríamos sentados como dois bons irmãos que nunca haveríamos de ter e o vento sopraria carícias a nossos pés descalços.
Enquanto fumava um cigarro a música ao longe ensaiava começar, ele gosta de me ver assim. Sua presença me desafia pois ainda que eu insista em desafiar-me com ausências suas eu me sinto muito bem quando em momentos indecifráveis como esse me encontro só e feliz. Como se fosse uma espécie de medo da voraz realidade de que um ser pode ter plenitude consigo mesmo e mais nada.
Há quem prefira esquecer e há quem prefira insistir. Eu pensava no menino que talvez nunca me mostrasse sua alegria e sentia que feliz não era e não havia nada que eu pudesse fazer para salvá-lo a não ser pacientemente aguardar no mais puro silêncio que pudesse aguentar.
Nesse lugar eu via o mundo: pais e filhos, o casal que se deixava descansar pelo ruído da água atrás de suas cabeças, ora ele, ora ela (senti uma ponta de nostalgia ao observá-los); um grupo de jovens avassaladoramente sorridentes e a noite caindo por em cima de meus cabelos lavados.
Eu pairava suspensa ou seria o próprio mundo se consumindo pouco a pouco até encaixar certinho dentro do meu peito sempre ansioso (e às vezes até morto) nessa grande vontade de viver que lhe agradava e outra vez lhe cansava?
Tal como a fumaça que trago, me invade e me abandona em tão poucos segundos.
Dedicado a momentos e pessoas caóticas que me preenchem, me abalam e vivem a me ensinar.
14/04/2012
quinta-feira, 12 de abril de 2012
domingo, 8 de abril de 2012
Domingo
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Acerca do Vazio (I)
do corpo em cima do meu
e sempre haverá
não me sai da memória
não tem saída
nessa vida
ou se ama também o vazio
ou não se ama ninguém