quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Malone subia por uma rua conhecida. O tempo definitivamente havia passado e homens de amêndoas já não me separavam dele. Há alegria e nostalgia em seus olhos que me avistam, sentada a beira do caminho, exalando mais fumaça do que antes e com a velha mochila nas costas, dessa vez mais pesada. Eu tentei te avisar sobre o tempo, soeur. 

- Vejo teu olhar camuflado por entre as todas idas e vindas. A falta do velho homem te envelheceu, irmã. Passaste muito tempo sem conversar contigo mesma. 

- Hiato com gosto de pra sempre e O cheiro daqueles olhos contornaram a silhueta dolorida de meus dias. Caminhei, hipnotizada pelo aroma forte e adocicado que me recordava príncipes de outras terras. Ali foi bunker onde eu protegia tiroteio interno. O menino ajudou a semear a terra novamente. Eu ofereci corpo, alma e seio machucados. Eu já não era nada como antes. Já não serei tudo como depois. 

E a flor nasceu de novo com sua beleza solitária. Não se atinge compreender nessa rua: A beleza não machuca mais. Eu só sempre queria a paz. 

Caminhamos sem medida de tempo, sem existencia de relógio. E a mochila estava mais leve. Comigo só carrego o peso (ou a leveza ) de ser.

"...sem ter medo da saudade, sem vontade de casar"

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

pra quem sempre não gostou de poesia

Sempre procurei a pista em teus olhos de maçã verde, mesmo sem querer. Além da pista, encontrei o tesouro e além do tesouro descobri o pirata que me roubou - o, tão cedo. 

Sou náufraga á deriva, em outra ilha talvez te reencontre, amigo.

Quanto ao pirata que levou o tesouro, já não se sabe mais. Não importa, o mapa finalmente está comigo.