A melodia vem diretamente da chuva. Estou só com ela. O Cantor está com Malone na Torre.
Seja lá quem forem esses olhos, já sinto saudades quando acordar amanhã.
Escrito em 07/10/2009 1:16 Am
Escrito em 07/10/2009 1:16 Am
Ela está sentada e por cima de sua cabeça há um céu estrelado. Ás vezes tenebroso.
Deveria ela deixar de pintar suas partes com cores fortes?
Tudo se modifica na cidade de Pedra em que hoje vive. Ela caminha pelas vitrines e seu rosto está por toda parte. As pessoas a olham em belas roupas e não vêem a grande rosa habitando sua caixa branca., sussurrando para dentro de sua alma a mais bela das orações.
Ela ama, mas está cansada de ficar em pé.
Ela tem saudade. Mas cansou-se de chorar, de fazer e de não poder ser.
Ela tenta. Faz, desfaz e descobre que a moça das pernas mutiladas caminha com dificuldade, mas mantém sempre um sorriso. Ela também tem o jardineiro que, assim como ela, está só.
Canta e ninguém a escuta.
É como se a Vida passasse por ela como um trem que não para em nenhuma estação.
E ela corre, corre e suas pernas doem. E continua a correr e a sua frente há uma estrada longa. E ela só deseja que os seus não a esqueçam e que ele (cir) ande não muito longe dela para que esse primeiro e louco amor nunca a deixe completamente.
Com anéis nas mãos ela caminha e recebe com muito prazer a visita daquela mulher de cabelos longos e negros.
No fundo, aqueles meninos que mal sabiam do mundo e apenas iniciavam sua jornada em busca de descobrir o amor sempre quiseram que o Cantor lhes dedicasse nem que fosse uma única canção.
A Malone. Por ter, com muita dificuldade, me confessado tal história.