terça-feira, 18 de setembro de 2012


Tem horas na vida que você se dá conta do quanto se explica: em casa, no trabalho, nos relacionamentos e até pra si mesmo.

Eu to me perguntando pra quê? Quem se importa tanto quanto você com aquilo que se tem a dizer? Com aquilo que sentimos? Quem percebe o quanto demonstramos que nos importamos com o fato de tentar a loucura de colocar em palavras o que nem pelo coração ou cérebro pode ser entendido? Isso é auto-flagelação.

Tenho preferido tanto o silêncio que quando tento fazer me explicar já não consigo mais. Perdi a vontade de falar, to com preguiça de me expressar, to tao vazia e quieta aqui dentro que meu coração tem preguiça de sentir. Todo e qualquer sentimento tomou meu coração de tal forma que hoje ele é tão pequenino e frágil que mal consigo dar-lhe carinho, pois esse já foi tomado.

Quero começar a ter que falar menos, mostrar menos, deixar de ter de fazer tanto esforço para ser compreendida. Ser vista como um alguém e não como uma máquina que está programada para ter os sentimentos mais certos.

Deus me livre me entender com as palavras. O que seria da minha escrita sem essas confusões?

Quero ouvir: Calma, eu to te entendendo sim!

Eu quero conversas em que eu não precise de roteiro, em que minha mente possa passear livremente pelas ideias. Não me insiro no tempo e no modelo de comunicação atual. Que me importa se meu pensamento não é linear? Só existe uma linha verdadeira na Humanidade que, tênue, conecta a Vida até a Morte e ainda assim ela é completamente irregular. Por que então eu tenho que ter pensamentos que façam sentido?

Pra que se mostrar tanto se na verdade a unica pessoa que tem que nos entender e valorizar o sentimos somos nós mesmos?

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