sábado, 20 de junho de 2009

Em busca da Terra do Nunca

Sentados diante do mundo e em busca de alguma explicação para 1 semana de incessante chuva nos demos conta de que ninguém parou para limpar a casa. Afinal, havia uma casa e ela merecia um pouco mais de atenção. Mas só conseguíamos sentir a textura daquela água povoando nossos corpos tão maculados de dores que nós mesmos conseguimos agravar.

Eu fui embora muito cedo daquele lugar. Em meio ao caos que havia dentro do meu mundo interior eu não percebi que havia algumas necessidades exteriores que eu deveria resolver. Deixava-me levar pelo vento que, muito gentil, ouvia minhas preces. Se eu tivesse entendido que não importava o quanto eu quisesse algo, o vento jamais poderia me indicar o caminho.

A vida dói uma vez eu disse. Hoje entendo que dói é a maneira que ela reage aos nossos estímulos. Ela não desiste, volto a repetir.

Surdos de tanto chorar, começamos a enxergar as estrelas. As primeiras que chegavam para celebração noturna de uma vida que nos esquecemos de viver enquanto ela passa por nós como uma carruagem que leva o segredo da existência ao topo do Universo, bem longe das nossas mãos.

Deitei-me na grama e me perguntei até quando agüentaria ficar ali. Eu estava só e ao meu lado estava ele. Sempre ali. Ali sempre. Para o resto do que chamávamos de caminho. Às vezes andava comigo, ás vezes caminhava mais rápido, mas estava ali, bem ali, tão perto de mim e tão longe do que eu jamais poderia ser... Eu era ele. Estávamos novamente sozinhos, nós dois.
Definitivamente a nós: Malone que observa atentamente a toda essa conspiração, eu e você.

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